A política e tenho feito aqui sucessivas colocações, com análises e
observações pertinentes fica quase
sempre como ponto de referencia de
reações diversas, desde as mais
inteligentes e ponderadas até mesmo as mais violentas e irracionais. Isto
porque a política praticada aqui, como diria o repórter policial, tem requintes de perversidade.
Trata-se de uma grande panela
de pressão criada a partir dos defeitos da classe política que se alimenta de
fofocas, intrigas, malquerenças e oportunismo. Quem não está acostumado, estranha.
Os espertos, os que devem
muito na contabilidade dos negócios especiais procuram quase sempre viver longe
dessa turbulência, porque, mesmo vencendo um pleito eleitoral, de acordo com as
circunstâncias, acabam tendo muito mais
a perder do que ganhar. Assim encontram o caminho da solidão como forma de evitar
a confusão pública. E ela vem, quando não há
a prudência necessária, de mansinho, como quem não quer nada e provoca
estragos inesperados dentro de uma administração, isto porque a vitória não se mede por um momento, mas ao
longo de um mandato. É durante esse período aparentemente curto de quatro anos
que se vem a tona os motivos determinantes da grande desordem que o
governante irá ou que terá de conviver.
A política é como uma
jóia e cabe a um comandante tratá-la como um ourives o
faria em relação a um diamante bruto. E esta é uma qualidade que não cabe ao tosco,
ao pastoso ao candidato grosseiro. Desse relacionamento inapto surgem as
distensões e os atropelos onde aflora
divergências capaz de contaminar o grupo e por conseqüência toda uma máquina
administrativa, sem contar com as inevitáveis desavenças com diferentes
segmentos da sociedade.
Por isso, muitos que se
auto-proclamam salvadores da pátria, não passam de aprendizes em política e se julgam como solução pra tudo, só não conseguem enxergar a própria
fragilidade conceitual.
A fragilidade conceitual está ligada ao comportamento que cada um deve ter nas relações políticas e
sobretudo humanas, cuja particularidade muitos mostram flagrante despreparo. .
Quando ela se manifesta pela
insegurança, transmite também a doença psicológica que afetará seus pares.
Sem convicção e firmeza o comando
de um governo tende a se arrastar
para os invernos da dúvida onde
nem mesmo os agasalhos fabricados para o
frio siberiano será suficiente na função
de produzir o calor da tranqüilidade. É dessa forma que se estabelece o
princípio do desgoverno, a marca da contradição e a reação psicológica negativa
na sociedade.
A função de governar não se
restringe a construção de obras, mas sobretudo de respeito a ética, ao bom senso e mais do que isso ao
equilibro que deve conduzir o governante na hora nevrálgica da decisão.
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